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DXP e o desafio da integração com sistemas legados

Time Lumis

Publicado 01/01/2025 3 min leitura

A promessa da transformação digital é sedutora: dados integrados, experiências unificadas e decisões em tempo real.

Mas a realidade de grande parte das empresas é outra — sistemas legados, dados dispersos e silos tecnológicos que travam a inovação.

Nesse cenário, as DXPs (Digital Experience Platforms) surgem como hubs capazes de conectar o novo ao antigo, orquestrando dados, fluxos e experiências em uma única arquitetura digital.

A questão não é mais se integrar, mas como fazê-lo sem comprometer performance, segurança e escalabilidade.

O que é uma DXP e por que ela é o centro da integração digital

Uma DXP é uma plataforma que centraliza todas as interações digitais entre marca e público — sites, apps, e-commerce, automações, chatbots e até canais físicos.

Ela conecta múltiplos sistemas de backend (ERP, CRM, CMS, marketing automation) e permite que a empresa entregue experiências personalizadas e consistentes em qualquer ponto da jornada.

Mas seu papel vai além da gestão de conteúdo: a DXP atua como um orquestrador de dados.

Por meio de APIs, conectores e microsserviços, ela coleta informações de diferentes origens e cria uma camada única de inteligência — o que torna possível decisões rápidas e contextuais.

Sistemas legados: o dilema da transformação digital

Os sistemas legados são, ao mesmo tempo, o alicerce e o gargalo da operação digital.

Eles carregam informações valiosas, mas em estruturas antigas, muitas vezes sem suporte à integração moderna.

Migrar tudo de uma vez é inviável — caro, arriscado e demorado.

Por isso, o desafio das empresas não é eliminar o legado, mas estender sua vida útil por meio de integração inteligente.

Uma DXP bem configurada atua como uma ponte:

  • Conecta o legado via APIs ou middlewares;
  • Transforma dados em formatos compatíveis;
  • Garante sincronização contínua sem reescrever sistemas inteiros;
  • Reduz o tempo de resposta entre front-end e back-end.

Assim, o legado deixa de ser um obstáculo e passa a ser parte ativa do ecossistema digital.

Hubs digitais: orquestrando dados de diferentes fontes

Imagine sua empresa como uma orquestra, onde cada instrumento representa um sistema: CRM, ERP, BI, e-commerce, automação de marketing.

Sem um maestro, o som é caótico.

O hub digital da DXP é esse maestro — ele sincroniza todos os dados, fluxos e interações em tempo real.

Essa orquestração gera benefícios tangíveis:

  • Visão 360º do cliente: consolida histórico, comportamento e preferências.
  • Decisões mais rápidas: dados prontos para análise, não fragmentados.
  • Eficiência operacional: elimina redundâncias e retrabalho entre times.
  • Escalabilidade: permite adicionar novos canais ou tecnologias sem reestruturar o núcleo.

De acordo com a Gartner (2024), empresas que adotam DXPs integradas reduzem o tempo de lançamento de novos canais digitais em até 40%, justamente por eliminar silos de dados.

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Integração na prática: APIs, automação e governança

A integração entre DXP e sistemas legados depende de três pilares fundamentais:

1. APIs como linguagem comum

As APIs permitem que sistemas antigos “conversem” com novos módulos de maneira segura e padronizada.

Mesmo soluções on-premise podem ser expostas como serviços, abrindo caminho para automação e interoperabilidade.

2. Automação de fluxos e middleware

Camadas intermediárias (como MuleSoft, Boomi ou ferramentas de iPaaS) conectam aplicações heterogêneas.

A DXP consome esses dados, harmonizando cadastros, pedidos, leads e interações sem que o usuário perceba o que está por trás.

3. Governança e segurança

Cada conexão é um ponto de vulnerabilidade potencial.

Por isso, frameworks de governança de APIs, autenticação (OAuth 2.0, JWT) e logs centralizados garantem que a integração seja auditável, escalável e confiável.

Do legado ao ecossistema: o salto de maturidade digital

Adotar uma DXP integrada é mais do que modernizar sistemas — é mudar o modelo mental de operação digital.

O foco sai da manutenção de plataformas isoladas e vai para a criação de ecossistemas vivos, onde dados fluem entre áreas e decisões são guiadas por contexto.

Empresas que já avançaram nessa direção relatam ganhos como:

  • Redução de custos operacionais;
  • Agilidade no lançamento de produtos;
  • Melhor experiência do cliente;
  • Retenção de talentos técnicos, que passam a trabalhar com arquiteturas modernas e abertas.

O verdadeiro impacto da DXP está em transformar o legado em ativo estratégico — não um passivo técnico.

Conclusão

O futuro da transformação digital não será sobre substituir tudo o que existe, mas sobre integrar o que funciona com o que é novo.

A DXP é a engrenagem central dessa transição: o ponto onde tecnologia, dados e experiência se encontram.

Empresas que dominarem essa orquestração estarão prontas para inovar sem romper o que sustenta sua operação.

No fim, integrar é evoluir — e é isso que define quem lidera a próxima fase da economia digital.

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